Fez-me como uma flecha polida. (Is 49.2.)
Em
Pescadero, na costa da Califórnia, há uma famosa praia de seixos. A linha de
espuma branca, com seu rugido constante, vem e dá sobre as pedrinhas,
chocalhando e ressoando! Elas são arrastadas impiedosamente pelas ondas e
jogadas para um lado e outro, roladas, atiradas umas contra as outras, e de
encontro aos recifes ásperos. E esse atrito dura dia e noite, sem cessar — nunca
há uma pausa. E o resultado?
Turistas de
todo o mundo afluem para lá, a fim de catar estas pedras lindas e arredondadas.
E elas são postas como enfeite sobre escrivaninhas e em beirais de lareiras, em
salas de visitas. Mas vá um pouco mais adiante. Contorne aquele recife que é um
anteparo contra a força do mar. Ali, naquela enseada quieta, abrigada das
tempestades e sempre banhada pelo sol, você encontrará abundância de seixos
que nunca foram procurados pelos visitantes.
Por que são
deixados ali sem que ninguém os procure? Pela simples razão de que escaparam à
fúria e ao atrito das ondas, e a quietude e a calma os deixaram como eram:
ásperos, angulosos e despidos de beleza. O polimento vem pela tribulação.
Visto que
Deus sabe qual a brecha que vamos ocupar, confiemos nEle para nos preparar
para ela. Já que Ele sabe que trabalho iremos fazer, confiemos nEle para nos
adestrar convenientemente. Quase todas as jóias de Deus são cristais de
lágrimas.