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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Reflexão do Versículo do Dia

      Tudo o que pedirdes em oração, crede que o tendes recebido, e tê-lo-eis. (Mc 11.24.)




            Quando meu filho tinha uns dez anos, a avó prometeu-lhe um álbum de selos para o Natal. Chegou o Natal, mas nada do álbum, e nenhuma linha da vovó. Contudo, o assunto não foi comentado; mas quando os amiguinhos vieram ver seus presentes, fiquei surpresa — depois de ter enumerado os vários presentes recebidos, ele acrescen­tou: "E um álbum de selos, da vovó".
            Depois de ouvir isto por diversas vezes, chamei-o e disse-lhe: "Mas Jorginho, você não recebeu o álbum. Por que está falando assim?". Houve um olhar de surpresa em seu rosto, como se estivesse achando estranho que eu lhe fizesse aquela pergunta. E respondeu: "Bem, mamãe, mas se a vovó disse que manda, é a mesma coisa." Eu não tive o que dizer.
            Passou-se um mês, e nada se ouviu do álbum. Um dia, finalmente, pensando em meu coração por que o álbum não teria vindo, eu lhe disse, para provar sua fé:
            "Jorginho, eu acho que a vovó se esqueceu da promessa."
            "Não, mamãe," disse ele com firmeza, "não esqueceu, não."
            Olhei para a carinha confiante, que por um momento ficou séria e grave, como se ele estivesse considerando no íntimo a possibilidade do que eu havia sugerido. A seguir seu rosto ilumi­nou-se e ele me disse:
            "Mamãe, será que não seria bom eu escrever para a vovó, agradecendo o álbum?"
            "Não sei," respondi, "pode escrever."
            Uma rica verdade espiritual começou a raiar no meu horizonte. Em poucos minutos uma cartinha estava pronta e encaminhada ao correio. E lá foi ele assobiando, confiante na vovó. Poucos dias depois chegou uma carta, dizendo:
            "Querido Jorginho, não me esqueci da promessa. Procurei um álbum como você queria, mas não o encontrei. Então encomendei um de Nova York, mas só chegou depois do Natal, e ainda não era como você queria. Já pedi outro, mas como ainda não chegou, mando-lhe agora o dinheiro para comprar um aí. Com amor, a Vovó."
            Enquanto lia a carta, estampava no rosto um ar de vitória. "Está vendo, mamãe, eu não lhe disse?" E esta frase saía do fundo de um coração que não duvidara, e que em esperança crera "contra a esperança", que o álbum viria. Enquanto ele confiava, a vovó trabalhava, e no tempo próprio, a fé tornou-se vista.
            É tão próprio de nós, seres humanos, querermos ver imediata­mente a resposta de Deus, quando agimos baseados nas suas promessas. Mas o Salvador disse a Tome e a todos os que, como ele, também duvidam: "Bem-aventurados os que não viram e cre­ram". — Mrs. Rounds