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terça-feira, 3 de julho de 2012

Reflexão - Fidelidade além...


Fidelidade além...

Ao contrário do que muitos pensam, fidelidade é um conceito que vai além de ser leal, não trair, não quebrar um voto. Fidelidade é tudo isso e mais. Um dos sinônimos para esta palavra no dicionário da língua portuguesa é a palavra constância. Ou seja, para ser fiel não basta sê-lo durante um, dois, dez, trinta dias. Ser fiel é ser constantemente fiel. Todos os dias da nossa vida. E estou falando aqui da nossa fidelidade para com Deus, o nosso Senhor.
Como acabamos de observar, fidelidade sem constância não é fidelidade e então a minha pergunta é: será que somos fieis a Deus no nosso relacionamento com Ele? E o que é um relacionamento com Deus?
O relacionamento com Deus SÓ ACONTECE através da oração! NÃO EXISTE outra maneira de nos relacionarmos com Ele senão pela oração.
E então? Como vai a sua vida de oração? Você só ora para pedir? Você só ora quando está contente? Você só ora quando está triste? Você só ora domingo na igreja, ou só antes de dormir? Ou você vive uma vida de oração, orando sem cessar como ordenado em 1 Tessalonicenses 5:17?
Basicamente temos que aprender uma coisa: tirar nosso eu, nosso ego do foco e colocar Cristo neste foco. Não se trata de você. Se trata de Cristo. Você não pode deixar de orar porque VOCÊ está doente, ou porque VOCÊ está cansado, ou porque VOCÊ está muito alegre, ou porque VOCÊ está muito triste, ou porque VOCÊ está deprimido, ou porque VOCÊ está desanimado, ou porque VOCÊ foi promovido, ou porque VOCÊ... VOCÊ DEVE orar porque assim Deus ordena! E ele DEVE ser o centro, o foco, e o porque da nossa vida. E veja bem! Este ‘deve orar porque assim Deus ordena’ não é algo que tem peso de obrigação, é algo bom, que só nos faz crescer e melhorar. Afinal, não oramos para qualquer deus. Oramos para O NOME QUE É SOBRE TODO NOME, O TODO-PODEROSO, O DEUS DE MISERICÓRDIA E AMOR. Será que você tem real noção do que isso significa?
Paulo enfrentou uma grande crise existencial, como relata na carta aos Romanos, no capítulo 7, do verso 15 ao 25:
 “Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?
Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.”
Observou como Paulo ele termina este relato? Se colocando diante de Deus, reconhecendo que é miserável e dando graças a Deus e ao nosso Senhor Jesus Cristo! Ou seja, Paulo não deixou de ir a Deus por causa das suas crises emocionais. Nós somos humanos e nem sempre as nossas emoções estarão equilibradas. Às vezes caímos, não exatamente em pecado, mas caímos em tristeza, em desânimo, em depressão, porém nada disso pode nos afastar do nosso Deus. Servimos a um Deus que conhece nossos corações, sabe quando não estamos bem e nos ama do que jeito que somos. De qualquer jeito que nos achegarmos a Ele seremos sempre bem-vindos! 
Em 2 Coríntios 4:9 diz: Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos. E em 2 Coríntios 4:16: Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.
Muitas vezes nossa alma se abate e por isso permitimos que o nosso espírito se abata também. Precisamos lembrar que Deus é poderoso para renovar o nosso espírito a cada dia.  Temos que ter em mente que o renovo, a força e o regozijo vêm de Deus, portanto é o Espírito de Deus que renova o nosso espírito e então a alma e o corpo são renovados. Não podemos agir de maneira contrária. Não podemos esperar apenas os momentos em que temos vontade de orar para nos colocarmos diante de Deus.  Por isso, mais uma vez digo: independente de como estiver o nosso espírito, a nossa alma ou o nosso físico, temos que nos colocar aos pés de Deus, nem que seja para dizer: Senhor, não tenho vontade de nada, não tenho força para nada, mas estou aqui diante do Senhor. E nos colocar diante da Palavra Dele, pois em Hebreus 4:12-13 está escrito: Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
Nunca conseguiremos ser fiel a Deus se não formos PRIMEIRO fiel na nossa vida de oração. Na vida do cristão, tudo começa e tudo termina com a oração. NADA acontece sem oração!
E para concluir, como viver o ‘orar sem cessar’ se não somos monges, se vivemos um dia-a-dia no qual trabalhamos, estudamos, temos nossas atividades seculares? Quando Cristo começa a viver em nós e a nossa natureza pecadora começa a morrer, passamos a viver em estado de oração, ou seja, louvar e adorar a Deus com o nosso viver, com a forma como nos colocamos neste mundo. Só que para chegar neste estágio de santificação é só através de muito joelho no chão!
Deus abençoe a sua vida!


Reflexão enviada pela irmã Silvia Razuk