Chamei-o, e não me respondeu. (Ct 5.6.)
Sabemos que
quando Deus dá a alguém uma grande fé, Ele a prova por meio de longas esperas.
Muitas vezes, Ele tem deixado servos Seus a ouvirem o eco da própria voz, como
se ela estivesse batendo num céu de bronze. Eles batem na porta de ouro, mas
ela permanece imóvel, como se estivesse emperrada. Como Jeremias, eles oram: De
nuvens te encobriste para que não passe a nossa oração. Assim, os
verdadeiros santos têm continuado em longa e paciente espera, sem receber a
resposta; não porque suas orações não sejam veementes ou não sejam aceitas, mas
porque assim aprouve Àquele que é soberano e que concede sua graça conforme Lhe
parece bem. Se Ele acha que convém exercitar a nossa paciência, Ele fará como
quer.
Nenhuma
oração é perdida. O fôlego despendido em oração nunca foi despendido em vão.
Não existe oração não respondida ou não ouvida por Deus, e algumas coisas que
consideramos como recusas ou negações são simplesmente demoras. — H. Bonar
Às vezes,
Cristo demora a vir em nosso auxílio, a fim de provar a nossa fé e avivar as
nossas orações. O barco pode estar coberto pelas ondas, e o Mestre, dormindo;
mas Ele despertará antes que se afunde. Ele está dormindo no barco, mas nunca
passa da hora; e com Ele não há "tarde demais". — Alexander
MacLaren